Manual do empreendedor: vale a pena investir em franquias?

Manual do empreendedor: vale a pena investir em franquias?

Por Comunicação Liguesite. Tempo estimado de leitura: 23 minutos.

Um dos maiores sonhos de pessoas com perfil empreendedor é ter seu próprio negócio. Além da realização do grande desejo de colher os frutos do próprio trabalho e de poder fazer uso de suas habilidades de gestão, essa é uma oportunidade única de desempenhar suas atividades em horário flexível, ter total controle sobre a própria rotina e passar mais tempo com a família.

Uma das formas de realizar esse sonho é se tornar um franqueado. Mas, como em qualquer negócio, sempre existe um certo receio inicial. Como é preciso contar com investimento inicial e apostar as fichas na forma como a franqueadora define suas atividades, alguns empreendedores podem ficar receosos em atuar com franquias e acabam optando por abrir empresas próprias ou, até mesmo, adiando indefinidamente esse sonho.

Mas será que vale mesmo a pena investir em franquias? Como lidar com a questão da verba? Qual tipo de franquia vale a pena abrir? Quais são as responsabilidades de um franqueado?

Com o intuito de esclarecer essas e outras dúvidas é que foi criado este manual. Vamos ajudá-lo a tomar a melhor decisão e começar um empreendimento de sucesso. Se você está pensando em abrir seu próprio negócio e considera optar por uma franquia, o Manual do Empreendedor foi feito para você. Acompanhe!

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1. Quero empreender, mas não tenho muito dinheiro. E agora?

Pode parecer assustador pensar em investir numa franquia quando não se tem um aporte financeiro considerável, mas isso não significa que você deva desconsiderar o investimento e deixar de lado o sonho de ter o seu próprio negócio. A questão é, primeiramente, definir qual o tipo de negócio você quer ter, para que, em seguida, se programe para apostar nele.

Se você estiver em dúvida entre abrir uma franquia e lançar sua marca própria, e o critério de escolha está relacionado ao investimento inicial, saiba que nos dois casos você precisará ter algum dinheiro em caixa. Qualquer negócio, em qualquer formato, demanda que você tenha condições de arcar com o primeiro ano, no qual, não raramente, você investe mais do que recebe. Ainda assim, o custo de uma franquia tende a ser consideravelmente menor que aquele de uma empresa própria.

Para início de conversa, existem vários tipos de franquias, com portes e custos variados. Obviamente, você encontrará por aí franquias cujo valor inicial extrapola as cifras com as quais está habituado. Mas também existem microfranquias, cujo investimento não passa dos R$ 80.000, ou mesmo as home based, negócios que não exigem um ponto comercial, isto é, você pode atuar diretamente de sua casa, no esquema home office.

Mesmo que você tenha receio em abrir um negócio pela internet ou não seja um hard user de tecnologia, é possível encontrar um empreendimento que seja ideal para o seu perfil como empreendedor. O modelo home based, por exemplo, permite que você economize custos com aluguel e ainda tenha flexibilidade de horários, podendo conviver mais com sua família.

Vantagens de uma franquia digital

Caso você se interesse por esse modelo de franquia digital, saiba que está apostando em um negócio bastante lucrativo. Afinal, ter um negócio na internet não requer que você alugue ou compre um ponto físico, nem existe a necessidade de fazer a gestão de estoque.

Outro ponto a considerar é que você não precisará de uma equipe grande para tocar o negócio, o que já reduz as despesas com direitos trabalhistas. Basta que você tenha uma página na internet e ofereça serviços que atendam demandas específicas de mercado!

Outra grande vantagem é a possibilidade de se obter receita recorrente com a franquia digital, isso é um modelo bastante interessante no qual a Franquia poderá obter lucros escaláveis por períodos contínuos, podendo ser com assinaturas ou planos mensais, trimestrais, semestrais ou anuais.

2. Vale mesmo a pena investir em uma franquia?

Essa é a dúvida principal que este manual pretende esclarecer. A resposta envolve uma série de variáveis, e é preciso pesar os prós e os contras. Apesar de ser uma decisão pessoal, apresentamos a seguir algumas considerações que você deve levar em conta para formar uma opinião mais embasada e de acordo com seu perfil.

Preparado? Então vamos lá!

2.1. Considere o investimento inicial

Como já foi dito, para se ter uma franquia, é preciso fazer um investimento inicial — e muitos já se sentem barrados por isso. No entanto, esse receio não deveria se relacionar exclusivamente ao modelo de franquia.

Afinal, se você optar por abrir um negócio próprio, também será preciso ter dinheiro em caixa para começar a operação — que normalmente é um valor bem mais alto, já que precisará começar do zero as negociações com fornecedores e a elaboração de seu plano de negócio, realizar testes e percorrer um longo caminho.

Existem também algumas taxas que devem ser pagas à franqueadora para que ela ofereça todo o knowhow e a segurança de tocar um negócio mais consolidado, cujas bases já estão assentadas quando você começar.

2.2. Leve em conta a segurança e praticidade

Ao tornar-se um franqueado, você já recebe uma marca que tem aceitação no mercado e que, de modo geral, já possui um público consumidor. Além disso, estratégias como publicidade e marketing ficam a cargo da franqueadora, embora você precise, e deva fazer sua propaganda de maneira local.

Existem, obviamente, alguns limites. Os fornecedores, por exemplo, são definidos pela franqueadora, assim como a forma com que você deve operar o negócio, já que as franquias costumam estabelecer seus próprios padrões.

Porém, é preciso reconhecer que, dependendo do tempo em que a franquia está no mercado, ela traz a segurança de já ter testado o modelo de negócio e o potencial da marca, além de te dar todo o auxílio necessário para que você instale o seu negócio no melhor ponto, oferecendo, muitas vezes o serviço de geomarketing, para você acertar na mosca.

2.3. Pesquise as opções disponíveis e entenda os riscos

Deu para notar que há vantagens e desvantagens em investir em franquias, não é mesmo? E, a partir do momento em que você definir que pretende abrir um negócio nesse modelo, terá que investigar outras questões, como o tipo de negócio que deseja gerir e o tipo de franqueadora com que desejaria trabalhar.

Você deve buscar uma empresa que tenha a ver com os seus valores e que proporcione um trabalho que lhe traga satisfação. Saber que está sendo útil para a sociedade e, consequentemente, se realizar como empreendedor, é muito bom, não é verdade? E o universo das franquias é bastante democrático. Tem para todos os gostos!

O que você deve ter em mente é que todo negócio tem seus riscos. O ideal, então, é fazer uma pesquisa bem cuidadosa sobre a marca que deseja escolher e como funciona a sua operação, para você não ter grandes surpresas no futuro.

Além disso, pense sobre a sua história de vida e sobre a forma com que costuma lidar com as questões de trabalho. Você gostaria mais de estar em uma empresa que oferece maior segurança, embora também defina certos limites de atuação, ou se sentiria mais realizado com uma marca nova, com a sua cara, mas que exige que você assuma todos os riscos? Já pensou nisso?

3. Networking: conheça outros franqueados e o mercado de franquias

Em primeiro lugar, saiba que, para abrir uma franquia, independentemente do setor, é preciso analisar o mercado atentamente. Muitos empreendedores buscam negócios que ofereçam serviços aos quais eles gostariam de ter acesso, mas isso não é o suficiente para abrir um empreendimento e garantir que ele vá ser uma franquia de sucesso.

Muito mais do que saber se a franquia tem sido bem-sucedida no ramo em que atua, é preciso avaliar se ela terá a mesma resposta na região em que você se encontra ou onde pretende abrir o negócio. Além disso, essa sondagem é uma boa maneira de já ir se inteirando sobre o empreendimento e identificando possíveis riscos.

Em segundo lugar, conheça outros franqueados. Converse com eles e procure obter informações que permitam que você se assegure de que está tomando a decisão certa ao optar pelo negócio. Eles serão o termômetro ideal para você saber se está no caminho certo.

Nessa conversa, você já pode ir pegando algumas dicas sobre a operação da franquia que escolheu, para evitar que você cometa pequenos erros que todo mundo costuma cometer em início de negócio.

Não se sinta constrangido em fazer perguntas e pedir conselhos. Lembre-se de que vocês não são concorrentes, mas parceiros no negócio. Aliás, essa é uma grande vantagem para quem opta por adentrar o ramo de franquias: você já tem com quem conversar sobre o trabalho e trocar ideias e experiências, pois todos os franqueados querem ver a marca crescer e se destacar no mercado.

Fazer o seu networking é importantíssimo!

4. Busque conhecer (profundamente) a franqueadora na qual tem interesse

Existem franqueadoras e franqueadoras e é sempre bom fazer a sua lição de casa e pesquisar a fundo sobre elas. Algumas dão maior liberdade para os franqueados, outras, nem tanto. De todo modo, é preciso garantir que você tenha sempre um bom relacionamento com sua franqueadora, já que ela define a maneira com que você deve tocar o negócio e detém controle de todas as ações de sua empresa.

Por isso, antes mesmo de fechar o contrato, pesquise tudo o que puder sobre a franqueadora e seja o mais detalhista possível, investigando, inclusive, se existem reclamações a respeito dela (vale a pena pesquisar no site Reclame Aqui, por exemplo) e como lidaram com isso, mas principalmente fale com franqueados.

Procure saber qual é a forma de trabalho com que organizam o negócio, se há facilidade para entrar em contato com os responsáveis e se eles estão à disposição dos franqueados para o esclarecimento de dúvidas e procedimentos. É sempre melhor prevenir do que remediar.

5. Benchmarking: o que a concorrência pode te ensinar?

Nós identificamos o que gostamos e o que detestamos a partir da comparação. Com o seu público não é diferente. Ele identifica se gosta do seu negócio ou se prefere a concorrência comparando as experiências que teve em contato com as empresas.

A forma como é feito o atendimento (independentemente de o seu negócio ser virtual ou não), a qualidade do produto ou do serviço, a maneira como foi entregue e muitos outros aspectos costumam ser cuidadosamente avaliados pelos consumidores.

Algo muito importante para quem quer alavancar o sucesso nas vendas é conseguir olhar para a própria empresa e para o concorrente com os olhos do cliente e perceber o que você pode fazer para melhorar. A busca por essas referências de como tornar o seu negócio ainda melhor é o que chamamos de benchmarking.

O benchmarking nada mais é do que pesquisar e avaliar empresas que atuem no mesmo setor que o seu negócio, identificando como elas realizam o trabalho logístico, como gerem a produção e como podem ser uma referência para você. É uma forma de entender como sua empresa está posicionada no mercado e de melhorar a sua operação, de acordo com a visão do cliente. Mas como fazer o benchmark da sua empresa?

O que muitos acabam fazendo é copiar estratégias da concorrência, o que é um erro. A ideia é sempre implementar as melhores ações, a partir da identidade de sua marca, e definir onde é que você quer chegar. Quer entender mais sobre isso? Então acompanhe o passo a passo de como fazer o benchmarking de sua empresa!

5.1. Monitore empresas de seu segmento

Em primeiro lugar, identifique ao menos três empresas de seu setor. Uma delas pode competir diretamente com a sua, outra pode estar mais consolidada no mercado. Você também pode monitorar empresas que não tenham qualquer ligação ou identificação com a sua, mas que tenham algum aspecto de trabalho que você admira.

5.2. Defina indicadores

Estabeleça quais são os indicadores que você quer analisar e comparar entre o seu negócio e as empresas monitoradas. Por exemplo, qualidade do atendimento, alcance das publicações e engajamento (sobretudo no caso de marketing digital), conteúdo publicado nas redes, linguagem usada nas publicações, enfim, tudo o que você julgar relevante para o seu negócio.

5.3. Colha os dados e organize-os em uma tabela

No caso das mídias sociais, você pode comparar os dados de seus relatórios com os das empresas monitoradas. O Facebook, por exemplo, costuma permitir que você veja os dados das empresas concorrentes e compare a performance delas nessa rede social. Há também um aplicativo que ajuda a medir o grau de influência das empresas nas redes, o Klout.

Como você deve escolher esses dados? Ora, a partir do tipo de empresa que você tem. Um e-commerce, por exemplo, é diferente de uma loja física. Pense no que é mais relevante para o seu negócio e coloque no papel.

5.4. Compare e analise os dados coletados

A conclusão da comparação e análise dos dados deve ser a identificação dos pontos em que você está fazendo um bom trabalho, dos pontos que podem ser melhorados e, analisando empresas que se destacam em relação a sua, a definição de onde você quer chegar — além de, é claro, fazer uso dos dados e a análise em seu planejamento.

6. Planeje-se! Por que o Planejamento de Marketing é tão importante?

Planejamento é a base de qualquer negócio. Isso porque ele ajuda a definir onde é que você gostaria de chegar e quais etapas você precisa cumprir para atingir seus objetivos. O plano de marketing deve sempre fazer parte desse planejamento.

Ele é uma forma de entender o mercado e delimitar quais ações você desenvolverá para atingir suas metas. O plano de marketing é o seu guia e uma de suas mais importantes ferramentas de gestão.

No dia a dia da empresa, muitos empreendedores acabam deixando de lado o planejamento — ainda mais se tratando de franquias, já que a franqueadora costuma fazer um planejamento geral, o que deixa muitos franqueados tranquilos sobre a gestão do negócio, mas não se acomode faça sempre sua parte.

No entanto, é de suma importância que você esteja sempre pensando no futuro do empreendimento e que faça sempre um planejamento que seja na medida para a sua franquia, para a região em que está locado e para atingir seus objetivos pessoais com o negócio.

6.1. Conheça com propriedade o seu mercado de atuação

Isso é importante porque o plano de marketing vai apenas definir quais campanhas desenvolverá durante um certo período de tempo, e elas precisam estar condizentes com o que tem sido praticado no mercado, mas também precisam antecipar as tendências que o presente tem indicado para o futuro. É bom estar sempre na vanguarda, não é mesmo?

6.2. Analise o segmento da empresa

Antes de partir para o plano de marketing (calma, já estamos chegando lá!), é preciso fazer a análise do segmento de sua empresa. Costuma-se chamar de Análise SWOT o ato de analisar o ambiente interno e externo.

O ambiente interno é o público-alvo, os concorrentes, clientes intermediários, fornecedores etc., já o ambiente externo é a economia como um todo e fatores que não são exatamente controláveis, mas que precisam estar sempre sendo monitorados.

A partir disso, você conseguirá saber a capacidade da empresa no mercado, quais são os fatores positivos e negativos que influenciam o crescimento — ou não — e a procura — ou a falta de demanda— pelo que é comercializado.

6.3. Pense no seu público

Se já pensou, que tal fazer uma nova checagem? É certo que o público de uma empresa pode mudar por motivos diversos. Então, se não voltou a fazer o diagnóstico de seu público, pode estar correndo o risco de estar se comunicando da maneira errada com ele.

Faça pesquisas qualitativas para saber o que for possível sobre ele, procure conhecê-lo e, em seguida, crie uma persona, uma imagem fictícia de quem ele é para que você sempre tenha em mente com quem está falando e para quem está, efetivamente, vendendo.

6.4. Conheça o concorrente

Assim como no caso dos seus clientes, é sempre importante verificar se os concorrentes continuam os mesmos, se houve alguma mudança no mercado ou se já conseguiu se reposicionar.

Franquias de sucesso, assim como todo tipo de empresa, são aquelas cujo empreendedor está sempre antenado e acompanhando diretamente o trabalho de seus concorrentes. Portanto, vamos monitorá-los e aprender com eles!

6.5. Defina seus objetivos

Nesta hora, tenha calma. Independentemente de estar começando ou de já ter uma empresa bem posicionada no mercado, é preciso definir objetivos e metas que sejam, de fato, atingíveis. Isso porque fazer investimentos altos pode ser prejudicial para o negócio como um todo.

Além disso, perceber que você nunca consegue atingir as metas propostas pode ser motivo de frustração para você e para toda a equipe.

6.6. Estabeleça um tempo para cumprir as metas definidas

Um cronograma mesmo, sabe? Com prazo para botar em prática as suas ações, mas também para monitorar como a execução do planejamento está caminhando e prever possíveis mudanças de rota.

Caso perceba que as ações não estão surtindo o efeito esperado, vale a pena, inclusive, rever alguns detalhes do plano, como, por exemplo, se o público para quem você está vendendo não é diferente do que identificou em suas pesquisas.

6.7. Deixe a equipe ciente dos planos que você tem para a empresa

Afinal, é ela quem vai estar na sua linha de frente, ajudando você a tocar o negócio e, muitas vezes, executando ações que você não poderia realizar.

Para algumas metas, procure definir premiações, tais como aumentos de salários, bonificações e até mesmo viagens e eletrodomésticos. Equipe motivada trabalha mais e melhor!

Se você ficar inseguro sobre como fazer o seu plano de marketing, não se desespere! Existem especialistas na área com os quais você pode contar para fazer com que seu negócio cresça.

De preferência, opte por ter uma equipe de marketing ou, ao menos, um profissional que possa acompanhar o dia a dia de sua empresa e desenvolver um trabalho que seja o mais eficiente possível.

Deu para notar que não existe receita de bolo, quando o assunto é abrir uma franquia. Mas, avaliando os prós e os contras, é possível perceber que se trata de um ambiente mais seguro, mais colaborativo, com uma imagem estabelecida e que já é mais conhecida pelo público.

Mesmo com todos os riscos que qualquer negócio pode ter, as franquias ainda são uma excelente aposta. Não é por acaso que o setor cresceu cerca de 9,2% em 2016, segundo dados da ABF, a Associação Brasileira de Franchising.

Se você se decidiu por seguir seu sonho de ser um empreendedor, por ter maior autonomia e por investir em uma marca já consolidada no mercado e que pode transmitir a você todo o knowhow e a expertise que só uma grande empresa é capaz de acumular, então seja bem-vindo! Desejamos sucesso e que você, de fato, colha os frutos de seu trabalho.

Até breve!

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